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com seus garranchos....

 

Elogio à Loucura

"Não espereis de mim nem definição, nem divisão de mestre de retórica. Nada seria mais despropositado. Definir-me seria dar-me limites, e minha força não conhece nenhum. Dividir-me seria distinguir os diferentes cultos que me prestam, e eu sou adorada por igual em toda a terra. Além do mais, por que querer vos dar, por uma definição, uma cópia ideal de mim mesma que não seria mais que uma sombra, se tende diante dos olhos (e dentro da cabeça) o original?"
Erasmo de Rotterdam - Elogio da Loucura


Estou lendo esse livro. É incrível como ele faz a senhora em questão passar de pejorativa à lisonjeira. A primeira em relação às mulheres e ao fato delas serem loucas, semelhantes às crianças, sem prudencia nenhuma, apenas "loucura em seu grau mais doce", diz o livro. A segunda quando no tocante à vida. Ele diz que se prezeres a vida nem se quer pode ser chamada dessa forma. Muito interessante para um teólogo... Monge! Para ser mais exata.

Em sua grave crítica ao crescente racionalismo, Erasmo nos mostra o quanto uma vida de devaneios e puro hedonismo pode ser a saída para as grandes tormentas humanas. Mostra-nos também o que é socialmente aceito, de fato, exigido e elogiado, na verdade não passa de puro nonsense!

Porém, a conclusão que tiro do livro é que a loucura é a saída para os que não aguentam a pressão da realidade e o peso das convenções sociais. É melhor ser louco que adimitir estar errado e, conscientemente, abandonar a conduta socialmente exigida, por uma mais confortável, mais suportável. O homem não aguenta os problemas que cria; e os cria para não aguentar; não aguentando, ele busca forças em algo superior a ele; não encontrado essa força, ele enlouquece.
No livro, a loucura nos insita ao modelo do deus Baco: "Por que essa juventude encantadora que brilha sem cessar no rosto de Baco? (...) É que esse deus, sempre louco, sempre bêbado, passa a vida em meio aos jogos, danças e festins, e evita o menor contato com Palas (Atenas - sabedoria)"

...

O fato é que não desejo a vida de Baco. Sou prudente, sou racional (grande defeito para Rotterdam) Sou como os "homens magros, tristes e rabugentos que se dedicam ao estudo da filosofia, ou a alguma outra coisa difícil e séria: a alma deles, constantemente agitada por uma multidão de pensamentos diversos, influi sobre seu temperamento (...)"
Mas... o que é para se fazer? Gozar de uma loucura convinientemente financiada por nossa vida de classe média? Porque sim: só é possívcel ser realmente louco, se entregar aos prazeres de forma pura e simples, se o estômago estiver forrado, estou errada? só assim podemos seguir o exemplo de Baco ( deus, com baquetes abundantes, riquesa, opulência...).

É verdade que não devemos esquecer o contexto em que foi escrito. Auge do mercantilismo, onde as únicas pessoas que importavam e apereciam nas histórias eram nobres, reis e rainhas. Plebeus e camponeses não eram mais que figurantes para compor um cenário. Apenas seres que dividiam o ar neste mundo. Se esquecermos que existem tais pessoas, realmente viver na loucura é o melhor remédio. Mas o lance é que: NÃO VIVEMOS! Essas pessoas existem e precisam ser levadas em consideração.

Racionalismo exacerbado realmente não é uma boa idéia. A loucura é necessária, mas como auxiliar, não como protagonista.

Por favor, não me levem a mal! Longe de mim parecer moralista, grave... chata mesmo apenas acho que o mundo é grande de mais para que nos tranquemos em nossas loucuras e morramos dentro de nós mesmos. Somos demaseado pequenos em relação a esse mundo para que apenas o nosso interior nos supra de tudo... Não supre!

Pelo menos não supre a mim!

Por: Anônimo
Data: segunda-feira, janeiro 22, 2007
Às: 9:21 PM
Comentários:
 

neste post

 
Blogger Baby Blue Says:

por isso que tem que haver equilíbrio.
o racional cansa, a loucura pesa.
passar por tudo, viver de todos os modos e sempre gostar do gasto e do estrago, eles são inevitáveis.

 

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