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com seus garranchos....

 

Marasmo (pt 2 de 3)

Quando acordei estava só. Na mesinha havia um prato de sucrilhos de chocolate e ao lado um copo de suco de laranja e um copo de leite. Eu achei que haveria veneno na comida, sabe? Uma daquelas coisas de cinema que a gente vê nestes filmes mais "b" onde a moça é oferecida uma escolha: comer e morrer ou morrer devagar e dolorosamente. Fui comer. Esperei horas. Nada aconteceu. Não senti gosto diferente na comida. É, eu fui enganada. Eu não havia sido presenteada com a escolha da morte rápida e indolor.

Nem passava pela minha cabeça o porquê de eu estar naquele canto. Era lógico que ninguém saberia qonde eu estava. Nem eu sabia onde eu estava - Pequenópolis de repente não pareceu tão pequena. Tinha muito verde para ser a parte da cidade a qual eu estava acostumada. Vi por uma janelinha na sala que estava toda cheia de arame farpado. Sentei. Fiquei esperando o cara que tinha me levado. Não havia nada para fazer naquela pequena casa de 6 cômodos (sendo eles 2 quartos, 1 sala, 2 banheiros, 1 cozinha.) então comecei a procurar algum papel para escrever. Sentei no sofá e escrevi, desenhei, até que ouvi a porta se mexendo. Ele entrou de novo. Me deu boa tarde e me disse que eram 4:30 da tarde e que, caso eu ainda não tivesse visto, o guarda-roupa de um dos quartos continha algumas roupas minhas para quando eu fosse tomar banho. Pensei que aquilo fosse muito cinematográfico para ser verdade, mas, balancei a cabeça e continuei sentada sem falar nada.

Ele sentou na minha frente, ligou um radio antigo e ficou me olhando, sempre mascarado. Ele não me inspirava medo nem receio; era como se eu soubesse que ele não ia me tocar. As horas passaram e levantei. Perguntei pra ele se tinha café e ele disse que sim e que eu fizesse pra ele também. No rádio, ouvia James Brown e não tirava o olho de mim.

Comecei a ouvir no rádio umas notícias sobre uma onda de assaltos à banco pela cidade e pelo estado. Um homem e uma mulher. Lembro que pensei que eram mais um par de loucos que haviam visto filmes demais, talvez como eu, tão romântica esperando um resgate. A Cidade estava toda em alerta por estes assaltos, jamais alguém iria notar que uma moça insignificante como eu havia sumido. Como nunca tive gatos ou cachorros ou plantas em casa, nda morreria por lá sem mim. E quanto ao meu emprego, bem, eles achariam outra professora medíocre para me substituir só pra depois me processarem por ter abandonado o colégio sem dar aviso prévio. Mais uma vez aceitei o fato de que ninguém viria me salvar.

Fiz o café e levei uma xícara pra ele. Perguntei pra ele onde estavamos e por que eu estava lá. Ele disse que eu saberia em breve. Eu não perguntei mais nada. De noite, eu comi um pouco e ele disse que eu podia dormir no quarto onde estávam minhas roupas. Perguntei pra ele onde ele havia posto meus cigarros. Ele riu e disse que estavam no guarda-roupa. Fui tomar um banho e quando fui trocar de roupa percebi que as roupas eram realmente minhas e que a escolha delas não havia sido lá muito decente. Vesti o maior short e a maior blusa que achei e fui pra cozinha acender um cigarro no fogão. Ele me pediu um cigarro e riu com malícia perguntando se eu estava me sentindo em casa. Eu tremi e fiquei calada, não sabia qual tipo de resposta dar a uma pergunta que tinham tantas respostas. O que passou pela minha cabeça foi que eu nunca havia me sentido em casa em canto algum, e aquele local não era diferente. Então, se nem na minha casa eu me sinto em casa, talvez eu estivesse em casa, já que tinha para aquele local o mesmo apego que meu ao próprio lar. Entreguei o cigarro e sentei na sala de novo. Tocava Purple Haze, do Jimmy Hendrix, e comentei que parecia que ele havia pegado meu hd junto com a metade do meu guarda-roupa de verão. Ele disse que eu era muito inteligente, e riu. Disse que havia pensado em pegar a TV mas preferiu gravar alguns cd's das minhas músicas, as que ele gostasse também, é claro. Comecei a achar tudo aquilo muito parecido com alguma obra de Kafka. Perguntei o nome dele e ele me disse que eu saberia em breve.

Por: Desatinada
Data: terça-feira, fevereiro 27, 2007
Às 3:51 PM
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Marasmo (pt 1 de 3)

Dedico este conto à minha amiguinha Jade, que gosta dessas besteiras que eu escrevo.
=*'s Denga


Sempre fui a rejeitada da família. A punkzinha nojenta que todos tinham vergonha até de olhar de tão desgarrada que eu era. Passaram-se anos até que minha onda punk, seguida da minha onda comunista, depois anarquista, depois cética, passasse e eu pudesse ser vista em minha família como uma pessoa racional que merecia ser ouvida e que, talvez, tivesse idéias não tão loucas. Aceitei finalmente minha posição no mundo como mera ppassageira. Uma ferramenta, nada mais. Não era revolucionária, nem intelectual, nem a cientista que sempre sonhei ser. Aceitei que meus anos de faculdade de biologia e de ciências da computação não me serviram para me tornar a grande descobridora da inteligência artificial, mais sim a mais ou menos professora de 2º grau de Biologia com nenhuma perspectiva de algo maior apenas aos 27 anos. Comecei a aceitar o fim dos meus sonhos como quem aceita uma dose de cachaça todos os dias só pra se distrair: sem perceber. Aceitei que aos 25 não estava morando em milão e com 1 filho maravilhoso e um marido, ainda estava cursando minha 2a faculdade e sem perspectiva de deixar Pequenópolis - por vários motivos.

Era noite. Cansada de mais uma jornada trabalho/faculdade acendi um cigarro. Era o último da carteira então resolvi ir ao posto de gasolina comprar mais e fumar um baseado no caminho. Ao chegar no posto me dei o direito de uma cerveja gelada para recompensar os 20 mins de caminhada até lá. Degustei meu troféu de vitória até sua última gota e então olhei para o celular para ver a hora. 1:30 da manhã. Comecei a andar para casa, não vi problema já que eu sempre andava por ali e haviam muitos porteiros de apartamentos pelas áreas, e, se algo acontecesse, eles com certeza ligariam para a polícia dando a minha descrição e a do assaltante. De repente, na frente de uma guarita, encosta um carro. Celta prata. Um cara. Ele me mandou entrar no carro. Imaginei logo o vigia do prédio que eu havia acabado de passar ligando para a polícia e uma descrição minha sendo dada nos radios para todos alertas, como em qualquer filme. É lógico que isso não aconteceu. Deveria ter assistido menos filmes e lido mais Murphy e Nietzsche. Ele Tinha uma máscara no rosto e me vestiu um capuz preto na cabeça. Depois, me jogou no banco de trás e me mandou ficar calada.

Ele dirigiu pelo que pareceu para mim umas 6 horas, mesmo que racionalmente houvesse percebido que ele não parou em posto de gasolina algum. Ele abriu a mala e me tirou de lá como quem tira um saco de compras pesado de um canto pra outro. Ouvi o ranger de uma porta abrindo e a mão daquele estranho me empurrando forte indicando que eu entrasse. Entrei e continuei andando até que ele me mandasse sentar. Sentei no chão e percebi que era de madeira. Não reconhecia o cheiro daquele lugar. Ele removeu o capuz da minha cabeça e, ainda de máscara, me disse pra calar a boca e esperar quietinha. Pensei calma que aquilo era a coisa mais animada que havia acontecido na minha vida em anos. Fiquei quieta, e esperei até que ele desse sinal de vida de novo. Não tentei me mexer ou me levantar. Simplesmente fiquei lá, deitada, calada, aguardando meu fim. Meu tão esperado fim.

Ele voltou depois de algumas horas. Já era manhã. Ele não falou comigo. Sentou na minha frente, mascarado, e ficou me olhando. Ele disse que eu podia dormir, que ele não iria tocar em mim. Por incrível que pareça, deitei naquele chão e dormi. Estava tranquila. Aceitava que ali havia chegado o fim da moça que havia vivido a vida medíocre que eu estava vivendo. O fim do rastejar.

(...)
CONTINUA NO PROX CAPÍTULO.

Por: Desatinada
Data: domingo, fevereiro 25, 2007
Às 7:47 PM
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Refúgio

Olhar para o tempo que passou...
E perceber dois rápidos anos sem férias
Alguns momentos de exacerbação
De vida sem rumo e desatenta
De cores vibrantes e panorama febril
Mas a rotina me domina
Me cala, me abala, me reprime
Sem dó nem piedade
Acaba sendo meu refúgio
Meu livros..
E minha poesia calada e quieta

 
 

As mesmas perguntas de sempre...

É como se me embriagasse. Como se toda a racionalidade fugisse do meu ser dando espaço a apenas quimeras tão frágeis quanto se é possível ser. O mais interessante é que, alguns momentos depois de sua partida, tudo volta a ficar claro para mim novamente. É isso! Exatamente isso. É como se o céu nublasse e uma espessa bruma me envolvesse e me cegasse. Daí, só quando ele vai embora, é que eu consigo ver o caminho à minha frente novamente.
Eu sei o quanto isso já terminou, inclusive para mim, apesar de todas as pequenas coisas a que me apego com unhas e dentes. Sei que é como uma maçã argentina: linda e vermelha por fora, mas fofa e granulada, sem gosto por dentro.
Com ele a frustração é minha eterna companheira. Como um morto de sede no deserto que vê uma garrafa enorme, toda suada por, supostamente, conter água gelada, e quando ele finalmente vai beber, ela está quase vazia e o que ele bebeu não é o suficiente para lhe saciar. Nunca é... Nunca é suficiente!
Mas será que a culpa é mesmo da garrafa? Não serei eu que espero de mais dessa água? Mas por que um morto de sede deveria esperar menos? Mas sou mesmo uma morta de sede? Sou tão carente assim? E se sou, por que ter tanta vergonha de assumir e tanto medo de procurar uma garrafa realmente repleta, transbordando de água só pra mim? Por que ter tanto medo de enfrentar o deserto? Por que ser tão covarde?
É tão horrível ver que ele mente para mim quando vai ao seu lugar favorito se divertir com seus amigos. Diz que está cansado apenas para me deixar em casa mais cedo, mas se ligar para o estabelecimento 10 minutos depois, lá estará ele. É tão FRUSTRANTE. É... Eu lhe digo, eu me sinto muito mais frustrada comigo mesma por aceitar, apenas por ter esse medo absurdo de ficar sozinha, de enfrentar esse deserto sem uma gota sequer de água, sem nem as migalhas que ele deixa cair da sua mesa.
Eu me apego a coisas tão pequenas... O quão seus braços são confortáveis quando abraçam; como sua pele é macia e boa de tocar; como sua boca é extremamente beijável; como seus olhos são lindos e azuis; como seu perfil é bonito; etc etc etc... Mas e o resto? E o fato de ficar sentada perto dele sem sequer ser tocada por horas? E o fato de vê-lo recuar quando eu não consigo esperar e o beijo mesmo assim? E todas as grosserias, patadas e brochadas emocionais? Será que vale a pena?
Será que vale a pena?
Será que vale a pena?
Será?
Não. Agora com olhos limpos de quase toda a bruma, sei que não. Que o certo era me aventurar nesse deserto e procurar um oásis de verdade. Ou, plagiando outra metáfora de minha própria autoria, esperar um navio forte e seguro de verdade para me tirar da fria água em que venho boiando desde que meu pai, o primeiro, único e, aparentemente, último homem de verdade saiu da minha vida?
Será que morreu nele? Tive um homem tão perfeito, tão maravilhoso para mim, tão incrivelmente sábio e altruísta no que me dizia respeito e gastei todos os meus créditos? Não tenho direito a outro homem verdadeiramente gentil? É um por pessoa e se eu já tive o meu, “bau-bau”?
Por que as minhas decisões só se mantêm firmes até que ele pare de se sentir contrariado com aquela tal atitude e comece a concordar com ela? Será que sou tão pequena ao ponto de reduzir e utilizar minhas vontades e resoluções como meras armas de ataque? Eu não decido uma coisa porque racionalmente decidi ser certo para mim? Foi única e exclusivamente para agredi-lo? Eu só consigo me manter firme no propósito de acabar o relacionamento, por exemplo, enquanto ele sofrer e a partir do momento que ele passar a aceitar a idéia eu enlouqueço querendo ele de volta? Será que também tenho a mais horrenda das práticas de só desejar a ovelha que fugir de meu pasto?
O pior é que eu sei que a resposta para a maioria desses questionamentos é “sim” e não há nada que outra pessoa, que não eu, possa fazer a respeito. Cabe a mim. Única e exclusivamente a mim deixar de tanta pieguice e seguir finalmente meu caminho.
Mas como faço isso?

Fica a pergunta no ar. Espero, um dia, ter essa resposta.

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Por: Anônimo
Data: terça-feira, fevereiro 20, 2007
Às 8:29 PM
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Geração Hi-fi (Ou "O Escarro")

Alguns devem saber que eu fui admitida como professora de literatura em um colégio daqui de Maceió (se não, lá foi a boa nova O.o). Hoje, sexta-feira, é o meu primeiro dia de aula. Se eu estou nervosa? Imagina... Ensinar adolescentes de 1o a 3o ano é moleza, o ruim é a sensação de velhice que não sai da cabeça. Eu tenho 20 anos e estou ensinando pessoas de 18. Ha! Se meus professores soubessem que eu irie pagar tudo o que eu aprontava com eles, estariam soltando rojões... Enfim... voltando. .. De tanto nervosismo, não consegui dormir direito e lá estava eu, às 3:30 da manhã acordada na minha cama pensando em nada - nada em particular, de qualquer forma. Levantei e vim bolar minhas aulas quando de repente me bateu não o sentimento de estar me sentindo velha e de que ontem à tarde no rádio, nas "lembranças gazeta", estava tocando uma música do N Sync que eu gostava muito, mas sim o sentimento de falta de lugar.

Numa geração como a nossa, cheia de influenciados e poucos influenciadores, a que tipo de corrente literária pertencemos nós, blogueiros, escritores de momento, sem métrica, sem muito sentido e com muito sentimento? Afinal, se houve movimento pra tudo, qual seria o nosso? Movimento internético é muito vago, e de vago eu não gosto. O que sou eu, no quesito escritora? Pronto, como se não bastassem minhas inseguranças pessoais, agora vem mais uma...

Por fim, cheguei a conclusão de que eu faço parte da Geração Hi-fi ou Escarro. Acho que todos nós sabemos o que é um hi-fi (vodka com fanta), e também presumo que saibam o que é um escarro (¬¬). Por que? Hm... Eu, pelo menos, sou o escarro, o vômito, o excremento, o que não presta. Ao contrário do movimento antropofágico, que devora tudo o que há de bom das outras culturas, eu escarro tudo o que não presta. Escrevo sobre aquilo que ninguém quer falar (em segredo, claro, pois seria muito chocante publicar o que eu escrevo de verdade), aquilo que fazemos na solidão dos banheiros, aquele escarro discreto porém barulhento que se ignora, aquele vômito depois de uma noitada de curtição. Eu, por minha vez, absorvo, de tudo de bom que eu já li e vivi, os piores momentos. Eu sou aquela que aproveitou o resto que ficou podre. A catadora de lixo que luta com os urubus pela carcaça deixada pelos grandes.

Triste? Jamais. Me orgulho de dizer que não como acarajé, chafurdo em seus recheios. Me orgulho de dizer que me alimento dos restos de Dostoievski, Tolstoi, Nietzsche, Voltaire, e muitos outros grandes que eu ficaria a manhã inteira citando. Me orgulho de ter guardado para mim tudo de bom que aproveitei deles, e, de reproduzir o escarro que nenhum foi capaz. Sim, talvez essa seja a minha geração... ou talvez a pretensão tenha comido o meu juízo...
Depois escrevo mais sobre isso, afinal, são 6:05 e eu tenho q ir lecionar às 7:00...

Adieu.

Por: Desatinada
Data: sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Às 5:42 AM
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Sobre Jesus...

Certa feita me pediram para falar sobre Buda e Jesus. Do primeiro eu não sei o bastante para uma dissertação, porém sobre o segundo... não precisa ser um grande estudioso para saber alguma coisa.
Antes de qualquer coisa, sou atéia. Para mim, todo esse mito sobre Jesus ser o filho de Deus e ter ressuscitado é apenas mais uma amostra de como a sociedade precisa de mitos e de milagres para aceitar sua triste existência.
Eu não sei a condição religiosa dos leitores deste post, portanto me perdoem se em algum momento eu ofender suas crenças ou banalizar seus ídolos. Tentarei suavizar minhas palavras ao máximo.
Em muitas partes do antigo testamento, os profetas (homens supersticiosos ao extremo, que por motivos desconhecidos atribuíam a si dons místicos de interlocução divina) já haviam previsto a vinda de um homem iluminado que seria o filho do próprio Deus. Em algum ponto do oriente médio um homem com uma inteligência fora do comum e muito à frente da mentalidade medíocre daquela época, começa a pregar uma filosofia de vida fenomenal, longe de cobiça, sofrimento, inveja, avareza e etc. Como aquilo poderia ser possível, um homem igual a qualquer um outro com tanta coisa boa na cabeça? Não! Ele tem que ser divino.
Então alguns começaram a atribuir santidade a ele, enquanto outros o ignoravam por conta da falta de santidade. Bem, os anos se passaram e mais e mais mitos foram surgindo sobre o homem que fazia milagres. Numa época onde o homem não conhecia o porquê dos fenômenos da natureza, como raios, trovões, terremotos, nem doenças em que as pessoas “morrem” e depois de 24 horas “revivem”, era fácil um homem como Jesus ser santificado.
Não há como duvidar da consistência de suas palavras e do conteúdo benéfico de suas idéias, porém também não há como se negar que a humanidade precisa de mitos, heróis, milagres, resumindo, coisas para acreditar e dar sentido à suas vidas vazias e coisas para comentar e servir de exemplo.
Jesus provocou uma revolução no pensamento e na atitude das pessoas, o que incomodou os poderosos da época. Os judeus que viram sua instituição religiosa e, como tantas outras, lucrativa, ser prejudicada, se sentiram profundamente incomodados com a perda de fiéis, exigindo seu castigo, até para que servisse de exemplo para outros “cristos” que um dia viessem.
Jesus poderia ter impedido que aquilo tudo ocorresse com ele (a crucificação, a dor, o sofrimento, a humilhação), porém tudo o que ele havia pregado até então estaria perdido e não se passariam 10 anos para que a humanidade o esquecesse. Além do mais, por ser uma pessoa como qualquer outra, a idéia de ser poderoso perturbou sua mente, fazendo com que ele realmente acreditasse ser o filho de Deus. E então tudo aconteceu. Ele foi morto, e as pessoas o ressuscitaram, deram a ele um nascimento divino e uma mãe virgem e limpa de toda e qualquer mácula carnal. E era tão óbvio que a profecia por tanto tempo propagada e esperada falava dele!
O que veio depois não passou de política. Os cristãos foram perseguidos e quase dizimados, mas como diz o ditado se não podemos com eles, nos juntemos a eles. E a igreja católica foi criada e Jesus foi oficializado. Distorceram suas palavras sábias a seu bel prazer, e fizeram dele a justificativa ideal para todas as atrocidades que já eram cometidas desde antes de Jesus nascer.



Bem... se não convenci ninguém ou se só ofendi as suas crenças, pelo menos mudei um pouco o foco desse blog tão “dor de cotovelo” :D

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Por: Anônimo
Data: quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Às 11:08 PM
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Ele escapou do seu mundo.

Baby Blue, pouca idade - sim, não preciso citar números exatos, né? Tímida, inteligente para sua pouca estradinha de vida, nem muito magra, nem com muita carne sobrando. Nem careta, muito menos moderninha. Um pouco antiquada, talvez. Cabelo mutante, gostos e vícios simples, modestos. Poucos amigos, muitos conhecidos. Ouve o que quer e quando quer. Tem um jeito sobrenatural de pegar as coisas no ar e prever tudo de ruim que possa estar por vir.

Ela não seria o que é, caso não tivesse ido àquela festa naquela madrugada. Não teria o conhecido, não teria ouvido sininhos, não teria cantado às 6 da manhã em frente de um orelhão depois da festa. Não teria paquerado o cara que estava encostado na parede da casa abandonada ao lado da boate, e que por acaso não era o carinha que ela tinha acabado de se apaixonar e que por acaso mais ainda morreu dormindo ano passado.

Maldita primeira festinha rave, sentimento de liberdade, borboletas no estômago. Droga de sorriso malandro dele, de cabelos longos e negros dela. E o pior de tudo: sacanagem do destino eles terem o mesmo pensamento sobre relacionamentos. E olharem os casais brigando, drogados, fazendo escândalo. Riam, juravam nunca ficarem na mesma situação. Destino safadinho esse!

Ela poderia amaldiçoar o dia que o conheceu. Podia mesmo, se ainda não lembrasse dos momentos bons que marcaram os seus 13, 14 anos. Era doce, tinha vergonha de comer na frente dele, de beijar em público. Tinha medo de se machucar, de dizer 'eu te amo'. Ficava vermelha ao vê-lo chorar, tinha raiva de não ser carinhosa que nem ele. Não acreditava muito no fato dele estar entregue ao primeiro amorzinho. Fazia cartinha perfumada, mandava e-mail meloso, desenhava coração no MSN, na banca do colégio. Falava como foi o seu final de semana em inglês com os olhos brilhando nas segundas-feiras em sua aula de cultura inglesa. Preferia ouvir da boca do Cazuza 'preciso dizer que te amo' ou 'exagerado' em vez de 'o mundo é um moinho' ou 'eu queria ter uma bomba'.

Mas ela mudou. Perdeu a vergonha dos beijos na frente de muita gente e de se melar toda tomando sorvete. Se acostumou em dizer 'eu te amo', aperfeiçoou a sua paciência e começou a achar lindo quando ele ficava mau-humorado. Aprendeu a não comemorar tanto quando ganhava todas as partidas de poker.

E um dia, que seria só mais um narrado em outra redação de inglês das tais aulas, tudo acabou. Desde então, seus perfumes demoram mais para acabar, por falta de cartinhas perfumadas para fazer. Seus olhos procuram conforto no seu próprio reflexo no espelho todas as manhãs. E ela teima em dizer que o amor não se pôs nele.

 
 

Lei de Murphy...para mulheres, claro.


Homens legais são feios.

Homens bonitos não são legais.

Homens bonitos e legais são gays.

Homens bonitos, legais e heteros estão casados.

Homens não tão bonitos, mas legais, não têm dinheiro.

Homens não tão bonitos, mas legais e com dinheiro, acham que as mulheres estão atrás do dinheiro deles.

Homens bonitos e sem dinheiro estão de olho no dinheiro delas.

Homens bonitos, não tão legais e razoavelmente heteros não te acham bonitas o bastante.
Homens que te acham bonitas, que são razoavelmente legais e têm dinheiro são uns galinhas.
Homens que são razoavelmente bonitos, razoavelmente legais e têm algum dinheiro são tímidos e nunca tomam a iniciativa.

Homens que nunca tomam a iniciativa, perdem o interesse, automaticamente, quando nós tomamos a iniciativa.
Mas quer saber?? se foda o tal do Murphy!

 
 

Por que ter medo do fim?

Como lidar com essa idéia? De que um dia tudo vai acabar, de que um dia a pessoa que vc ama hoje será um total estranho amanhã e que provavelmente você vai fingir que não viu quando os dois se cruzarem num bar...É tão complicada a idéia de término para mim. Mesmo tendo certeza de que é a melhor coisa a ser feita, saber que apartir do momento em que a frase "está tudo terminado" (ou "vamos dar um tempo" com aquele tom de "quero terminar, mas não tenho coragem de assumir as consequências disso") for dita, aquela pessoa com quem vc dividiu beijos, abraços, planos futuros, prazer, medos, etc, vai se tornar um estranho é tão difícil que me faz tremer. Mesmo quando uma relação chega ao cúmulo do desgaste e do desrespeito às vontades, desejos e limites, se ainda existem fatores naquela pessoa e naquela situação que vc gosta, ou melhor adora, como aceitar que é finito? Como não esperar que, mesmo depois do fim, o seu ex apareça na sua porta, todo molhado de chuva, (sim, tem que estar chuvendo) para te dizer o quanto ele não consegue viver sem você? ( mesmo que, racionalmente este seja o seu maior medo)Meu namorado me pediu um tempo. Apenas por não ter coragem de terminar e eventualmente se arrepender e pedir pra voltar. E o pior é que enquanto eu tentava convencê-lo de que nós deveríamos continuar juntos, eu concordava com todos os motivos que ele me dava para realmente terminar.

Então porque o medo de terminar... se já terminou?

Eu definitivamente não lido bem com os fins. Até hoje não engulo a morte do meu pai e só não fico ligando desesperadamente pra ele, fazendo escandâlos ao telefone porque, bem... ele morreu.Mas e quanto aos que me deixam e ainda vivem (principalmente dentro de mim)? Será que vai ser sempre assim? Será que todos os meus términos terão que ser seguidos por um drama absurdo? Será que eu tenho que morrer a cada vez que alguém descobre que não gosta mais de mim? Se eu sou tão auto-suficiente, ótima e incrível, porque caras que me deixam sozinha num cinema e vão embora sem dar explicações; passam na cara as coisas que pagam pra mim; dão mais valor à opinão do amigos que à minha; preferem jogar games em rede à estar comigo quando querem se desestressar; que me negam um domingo convencional de namorados em prol de uma mesa de rpg; que têm namoradas na alemanha e me dizem na cara que gostam, na verdade, delas, me são tão difíceis de largar? Tão duros de superar? Tão marcantes?

Serei eu uma gosma humana dependente, carente e insuficiente?

Quero acreditar que não, mas por via das dúvidas, vou evitar namorar daqui por diante para não ter que consequentemente terminar um dia.

Só pra constar, não estou triste. Só assustada com a possíbilidade de pirar a qualquer momento...






O fim é só uma pausa para recomeçar (não com a mesma pessoa, é claro) Não devemos temer o novo... veja o caso da desatinada. Muitas vezes o fim leva a algo muuutio bom ^^

Por: Anônimo
Data: quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Às 10:22 PM
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Ó Mariazinha, Ó Mariazinha...

Entrarás na roda e ficarás sozinha.
Sozinha eu não fico, nem hei de ficar
Porque tenho *um macho* para ser meu par.

Pois é. Podre Mariazinha, não pode ficar sozinha porque se não toda a roda viva a engole morta. Desde pequenas somos (ou fomos, porque não conheço meninas que brinquem de roda hoje em dia.) acostumadas a pensar que nao podemos ficar sozinhas, que só com um homem seremos felizes e se você for contra esta idéia, você é mal amada. Feio né? Enquanto ele vai no Tororó beber água e não acha*, nós temos que esperar um amor pra nos mostrar o norte. E depois nós que somos mal amadas... Oh, homens cegos que não vêem que estas cantigas inpregnadas em seus inconscientes só os tornou bagunças emocionais que não conseguem ser fiéis ou ao menos serem fiéis sem pensar que são menos homens por isso. Lógico que há excessões (antes que comecem a jogar pedras e paus em mim) pro mundo masculino assim como há aquelas mulheres que, como a Mulher de Mil Idéias diz, são marroquinas por opção; gostam de serem mandadas e não aceitam outro tipo de realização que não venha de um ser com um falo. Há homens que gostam de ser monogâmicos, que realmente amam, que curtem estar juntinho, mas estes são raros, tão raros que quando estes aparecem chove tanta mulher se oferecendo que ele fica boçal e ai já viu né? Perdeu-se o homem...

Bem, voltando ao assunto: Sr Lacerda, vá tomar no c*. Se esta moça (MMI) precisar de alguém dentro da roda com ela, eu estarei lá (sempre que puder.), ela não precisa arranjar um namorado, seu machista nojento. A pior espécie de homem... Quando vê isso, este moço é daqueles que quando tem namorada ela não pdoe nem pôr uma saia curta que ele já pergunta onde está o resto da roupa. Ai ai... só lamento.... só lamento.

Ah, e não adianta deixar respostinha besta pra discutir não que você já entendeu que aqui é um blog de meninas independentes e que, pasme, tem namorados sim, mas não precisam deles para serem incríveis.


*Eu fui no Tororó beber água e não achei
Achei bela morena que no Tororó deixei...

----> Num é demais? arrrrrrrrrrrrg é isso ai. Se a morena consentiu esse amor de momento então ótimo, mas a maioria destes homens que "procuram água" não avisam para as morenas que "só queriam água" e que ela foi um "acidente de percurso...". Coitada desta Água, já pensou ela esperando o macho dela e no meio do caminho a morena aparece e já acaba com tudo...
Viajei
o.o

Por: Desatinada
Data: segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Às 11:31 AM
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Quando você pensa que elas não podiam piorar... elas podiam!

Nas últimas horas eu tive a confirmação de que certas pessoas (se não todas) nunca mudam, apenas exercitam ou atrofiam alguns defeitos. Essa constatação me deixa muito infeliz, pois eu sei que todas as pessoas que eu não me dou bem hoje, certamente nunca serão boas candidatas a serem minhas amigas. É certo que essa linha de pensamento nos guia à intolerância: "se eu não gosto de você hoje, então nunca gostarei".
Mas se o contrário é possível, gostar de uma pessoa e depois desgostar, por que é impossível o efeito oposto? Ou será que as pessoas de quem gostamos, só gostamos porque de alguma forma ela não nos mostrou seus defeitos ainda, e se todas as pessoas de quem você gosta precisem apenas de pequeno espaço de tempo para se tornarem seus desafetos?
É possível ser um mala e deixar de ser um dia? Ou com o passar do tempo você só conseguirá mascarar a sua "maleza" por um tempo mais prolongado? É possível que quando se termina um namoro por uma série de motivos, caso vocês esqueçam esses motivos por algum tempo, serão eles mesmos a causa de um segundo rompimento?
O fato é que é doença namorar alguém esperando transformá-la. Mas será que realmente não existem aspectos da personalidade que sejam modificáveis? Podemos realmente nos tornar intolerantes a ponto de se não gostarmos de uma pessoa no primeiro mês de namoro, nos sentir seguros os suficiente para romper com a certeza de que realmente nunca daria certo?
Mas pensem comigo: É possível mudança, quando a pessoa em questão (a que precisa ser mudada) não vê nada errado consigo? Quantas de nós nunca tentaram parar de fumar, de beber, de ser ingênua de mais, de falar palavrão, etc etc etc.
Quem conseguiu levante o dedo!
Acho que só consigo ver uns três ou quatro levantados em meio a uma multidão.
Somos feitos de argila, que durante um certo periodo de tempo (infância e adolescência) pode ser modelada e modificada, ou somos realmente como massinhas de modelar (sem trocadilhos, por favor) que não importa a época ou o tempo de vida, está sempre pronta a assumir uma nova forma para se redimir com erros passados e abraçar defeitos futuros?

Ontem eu encontrei uma argila (muito mal modelada por sinal).

E em uma última reflexão, se existem os dois tipos de pessoas, será que existe uma forma menos dolorosa que a de tentativa e erro, para descobrirmos quem é quem????

Por: Anônimo
Data: sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Às 8:17 AM
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Muito prazer: Insegurança.

Ela odiava ser acordada antes das três da tarde. Odiava beber cachaça barata e fumar qualquer cigarro. Odiava rir demais pois nestes sorrisos soltos é que se viam as brechas nas suas muralhas. Eram exatamente 12:47 quando o telefone tocou. Ela, mesmo tendo uma extensão em seu quarto, nunca levantava para atender o telefone, mas neste dia nem seu braço dormente ou seu sono impediram seu encontro com este.
-Alô? A Insegurança por favor?
-É ela. Disse ela já sorrindo por reconhecer a voz do seu bem.
-Não aguentei. As saudades não pararam de me incomodar. Tive que te ligar.
-Que bom que ligou, também estava pensando em ti.
-Cê tava dormindo?
-Tava.
-Como estava pensando em mim?
-Sonhei.
-O que é que você tem que me faz pensar tanto em ti?
-Tenho você, assim como você me tem.

A conversa continuou por horas até que um deles teve que desligar. Ela sorriu e voltou a dormir sem se importar se havia sido acordada pois ela havia bebido a vodka que escolhera, o cigarro que escolhera. Havia cantado as musicas que escolhera e beijado aquele escolhido a dedo. Quando acordou de novo, sorriu. Pensou em ligar de novo mas o medo de ser pegajosa assombrou: bateu na Insegurança um medo absurdo de perdê-lo, então preferiu esperar o dia seguinte. Passou o dia todo sorrindo e pensando como havia sido bom estar com ele e como queria que se repetisse várias vezes. Desejou morar mais perto e morder aquela boca gostosa como só ela havia feito - como só ele havia despertado a vontade. Depois voltou aos seus pilares e lembrou: é preciso fé cega e pé atrás. Tratou de pensar em algo que não fosse ele. Tentou por horas e quando finalmente conseguiu alguém falou dele na mesa. É, parece que isto é o começo de uma grande loucura.

Por: Desatinada
Data: quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Às 12:00 AM
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Eu tô pedindo a tua mão e um pouquinho do abraço.

Eu odeio profundamente ter que falar coisas que não são necessárias. Isso me deixa furiosa. É como achar um absurdo aquelas placas de 'é proibido fumar' em hospitais. Lógico que não pode fumar em hospitais! Qualquer ser de um ano e seis meses sabe disso, oras. Por essas e outras, acho que o óbvio devia ajudar a poupar minha breve paciência. Mas antes de chegar ao ponto emocional/sexual/amoroso da questão, eu queria falar um pouco de uma cena que eu presenciei entre um casal de velhinhos e que me renderam grandes risadas, além da cara feia de um deles para mim e meu sarcasmo.

Esses companheiros de vida e cama principalmente, já tiveram muitas situações felizes - disso eu não duvido. Mas eu insisto em dizer que talvez não valha a pena passar por isso. Veja só. Um dia desses eu estava com uma baita carência - tá, era dor de cotovelo mesmo - e daí fui me aninhar com eles. Pra isso eles são bons mesmo. Eu sempre preciso ir pra perto deles e ficar lá cochilando e recebendo aquelas mãos macias sobre a minha nuca (da parte feminina) e as cócegas nas minhas costas (da parte masculina). Só que nesse dia a conversa que eles sustentavam era bem polêmica. A parte masculina do casal estava se interrogando do quanto estava errado ou não em precisar de um pedido para dar um presente, seja lá qual fosse ele. E a parte feminina, fazia todo um drama do quão era importante pra ela, e porque não para toda a sua raça, receber um agrado sem precisar solicitá-lo antes com tanta antecedência e autoridade.

De um lado eu ouvia: 'E como é que eu vou adivinhar o que você quer?', do outro: 'E por que não arriscar?'. Além dos: 'Você bem que podia dizer o que quer!', já do outro: 'Você bem que podia ser gentil às vezes.' E eu ria, ria, ria. Achando que isso nunca poderia acontecer comigo. E que a diferença de gerações e destinos contava muito para que eu ficasse longe dessas situações. Engano meu.

Tudo bem, tudo bem. Eu sei que eu posso ter feito e vou fazer o mesmo um dia. Eu poderia ter sido gentil também e ter feito aquele agrado a ele sem segundas intenções. Só que era justamente o que eu esperava dele. Esperava aquele pequeno presente, aquele pequeno convite, aquele pequeno 'é sempre bom te ver'. Não é pedir muito, é? E tudo bem mais ainda pois não é obrigação de ninguém ser doce e atencioso.... Mas o que é que custa?

Outra coisa que eu fico pensando muito é em doações de órgãos, se não houvessem campanhas. Será mesmo que o doente teria que ir de porta em porta pedir uma doação? Então, por favor, que alguém invente logo uma campanha 'faça um agrado a alguém sem que ele tenha que pedir'. Tem coisas que parece banal, mas que pelo menos pra mim, vale muito.

(E eu odeio profundamente quando eu tenho essas coisas martelando na minha cabeça e não consigo fazer um texto decente. Além de odiar mais ainda a voltas às aulas e ficar sem tempo de atualizar isso aqui. Então é isso pessoas... até outro bilhetinho.)

Por: Baby Blue
Data: terça-feira, fevereiro 06, 2007
Às 5:12 PM
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a mulher de mil idéias... sem nenhuma idéia!!!!

é isso ai...


por isso vou postar uma foto que me faz lembrar esse blog.


Por: Anônimo
Data: segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Às 7:49 PM
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Cansei! (ou "Paranóia ou Mistificação" pt1)

Cansei de tudo. Cansei das reclamaçãoes, dos protestos, das esmolas, das bitolas que distribuem diariamente nas maternidades, escolas e igrejas do mundo inteiro. Cansei do mesmo discurso inflamado de que "o capitalismo é uma merda e vamos todos ser socialistas" e aquele outro de que "o socialismo é coisa de quem não tem o que fazer e quer reviver ideais mortos". Cansei. As pessoas perderam o rumo ou sou eu que estou ranzinza e desacreditada?
Todos agem mecanicamente dia após dia. Vão aos seus trabalhos, escolas, chegam em casa, comem, fumam seu ópium, bebem seu alcool, dormem, e acordam de novo para continuar suas rotinas, iludidos que este é o caminho para a felicidade. A verdade é que o sistema nos transformou em "catracas" de engrenagens que se moviventam coma finalidade de realizar as ambições da "camda superior" da sociedade, e fantasiam esta ideia de "caminho para a felicidade" e nós, como peixes que somos, comemos esta isca fácil fácil. A´posto como 80% da população nunca nem parou pra pensar para onde estão indo ou para quê trabalham. Felicidade? Ninguém nem sabe o que é isso. Alguns podem apontar e dizer "Ah, eu trabalho para dar conforto aos meus filhos e isso em deixa feliz." Duvido. Você trabalha pra ganhar dinehiro pra comprar as coisa que te disseram que iriam fazer teu filho feliz, então você está fazendo a vontade deles...
Eles quem, meu deus? Eu sei lá! Se eu soubesse já tinha ido matar... O que eu sei é que eu estou cansada de entrar em ônibus e ver que o povo está cada dia mais saciado por esta política pão e circo. Ver que o mundo está de ponta-cabeça e não há pessoas o suficiente que notem isso para ajudar a colocá-lo de volta no local - e se há, elas já perderam as esperanças, assim como eu. É uma pena, mas sim, eu estou me juntando ao time dos que perderam o amor pelas causas perdidas. Tentar ajudar o mundo é como internar um viciado em crack contra a sua vontade; quando ele sair da clínica ele vai voltar a usar a droga. Se o mundo mudar, ele vai cair em outro vício, e aí haverão outras pessoas lutando para que ele volte a ficard e cabeça pra baixo,e por ai vai...
No fim, isso tudo, todas estas religiões, estes movimentos, partidos, guerras, etc, são só formas de preencher o vazio que ainda não compreendemos - e se compreendemos ignoramos. O vazio do ego. Tudo é ego. O égo é um poço sem fundo que tentamos encher em vão. E eu estou cansada de tentar secar o mar. Estou cansada de tentar chegar na china cavando um buraco na praia. Não vou secar nem vou chegar lá e nem vou conseguir saciar meu ego. E nem você.
E mesmo com tudo isso já pensado - afinal eu não me jungo um gênio e pioneira desta idéia que eu escrevi - os governos gastam rios de dinheiro com expedições ao espaço que, francamente, são ridículas. "NASA encontra novas "evidências" de água em Marte" Tá, e milhares morrem de fome na África, mas há vestígios de água em Marte. Puta merda! O quê que vocês querem? Ajuda extra-terrestre para acabar com a fome e a miséria? A verdade não está lá fora, está aqui dentro mesmo, e vocês fazem questão de nos bombardear com esta mentira deslavada mas tão bem fantasiada que engolimos sorridentes! É como um rato que está comendo veneno num queijo gostoso; não somos melhores que ele. Pelo amor de qualquer um! Ninguém está curioso para saber porque só usamos 10% do nosso cérebro? Ninguém quer saber porque as pessoas são diferentes? Alguém ainda pensa de verdade nesta sociedade? Afinal, a estas alturas, minha revolta é só mais um fruto da conspiração... Eu sou paranóica sim, mas qual o pior: ser paranóico ou saber que se tem que ser paranóico? Ai como isto me consome e acaba com meu sono... Eu tenho pena do mundo, mas mais importantemente, tenho pena de mim que não sei fazer nada para descobrir o que eu quero saber.
E cansei de escrever!


sim, ela desatinou.

Por: Desatinada
Data: sábado, fevereiro 03, 2007
Às 3:34 PM
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achei pelos sites da vida...

Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!É o quase que me incomoda, que me entristece,que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.Quem quase ganhou ainda joga,quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo,nas idéias que nunca sairão do papelpor essa maldita mania de viver no outono.Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna.A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragematé para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivospara decidir entre a alegria e a dor.Mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.Preferir a derrota préviaà dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.Para os erros há perdão,para os fracassos, chance,para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fimé instantâneo ou indolor não é romance.Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,que o medo impeça de tentar.Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando...Fazendo que planejando... Vivendo que esperando... Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.


não tenho a menor ideia de quem escreveu esse texto, mas achei interessante e resolvi colocar! se alguem souber ae me diz!!

Por: Codinome Beija Flor
Data: sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Às 7:12 PM
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Você nunca me deixa falar...

- Demorei mas cheguei!
-Você qualquer dia desses vai me perder só nestas esperas... Oras! Já pe...
-...Pensou se chega outro e me canta e eu caio na dele... - ele sorriu sem pretensão, só com afeto.
-Deixa pra lá. Você não me ama mesmo...
-Amo não, Sabina. É por isso que atravesso Pequenópolis quase todos os dias para vir te encontrar aqui...
-Não me venha com essa... se você amasse mesmo você...
-saía de casa ha tempo de me encontrar na hora... Já sei... Mas você nem me deixa falar...
-Falar que você encontrou algum amigo que precisava muito falar com você e que ha dias não conseguia te achar em casa porque você estava comigo e você não tem celular?
-Quase isso... mas dessa vez não.
-O que foi?
-Trouxe isso pra você...
-Ahhhh, mais são lindos!!
-Pois é, vi e lembrei de você.
-Ahhh, brigada amor , disse pensando por um segundo: "mais estranho do que ele ter me dado um presente é um cara ter me dado um presente que eu realmente gosto sem que eu tenha escolhido..."
-E então, Sá, vamos fazer um monte de filhos lindos?
-Vamos ficar só treinando...
-Como preferir - disse ele com aquele sorriso tão gostoso.
-E ai, como foi lá no trabalho?
-A mesma coisa de sempre, o Carlos me sacaneando, o Fernando sempre querendo ganahr de todo o mundo, mas é isso aí... preciso de grana.
-É. Eu fui chamada pra mais um trabalho...
-Ah, não...
-Pois é.
-E ai?
-E ai que vou.
-E eu?
-E você? Ueh, fica...
-Mas...
-Eu volto, você sabe que volto.
-Eu sei, mas demora.
-Eu demorei pra te encontrar e você não pode me esperar 2 meses?
-2 MESES?
-Sim...
-Não sei.
-Diga logo! Diga que não dá mais por causa da distância e que meu trabalho é egoísta.
-Você já disse.
-E então, espertão?
-E então que eu não preciso dizer mais nada.
-Então é isso mesmo?
-É sim.
-Então tá. Eu tenho que ir. As malas não vão se arrumar sozinhas.
-Tudo bem.
-Tchau.
-Tchau.
***
Ela abriu a porta de casa e foi direto ao banheiro do seu quarto.
-Que demora pra chegar!! Tava aonde?
Ela sorriu. Sabia que ele não a deixaria nem que ela passasse 5 anos fora. Pulou na cama ao lado dele e o abraçou.
-Eu te amo.
-Eu também. Mas estou indo embora. Desta vez é verdade. Não aguento esta ausencia! Você vai e...
-...E viaja e passa meses longe sem poder dar notícias.
-Isso mesmo.
-Nem vou dar notícias mesmo.
-Isso mesmo!
Ele se levantou e foi começar a jogar suas coisas em sua mala para ir embora. Quando abriu a gaveta do banheiro onde ele deixava sua gilete lá estava um envelope.
-Eu te amo! É claro que sim! Nunca pensei que você...
-Fosse do tipo casamenteira? Nem eu. Mas tive que dar o braço a torcer.
-Mas, e a viagem?
-Sim, o que tem?
-Você quer casar e viajar?
-Sim... a cerimonia dura 3 horas... não vai atrapalhar nossa viagem.
-Eu não quero casar desse jeito, você vai e... como é?
- Você nunca me deixa falar...
-Eu te amo.
-Eu também.


*Texto mais meloso que eu ja escrevi na minha vida. Q asco... arrrrrrrg a felicidade... Acho que tenho que admitir que... talvez eu esteja ficando feliz... E quem sabe... Quem sabe... =)

 
 

Eu em pedaços...

Cheguei em casa depois de um dia de trabalho comum. Realizei aquele velho ritual cotidiano: acender a luz do AP, jogar a bolsa no sofá, esperar meu gato vir abanar o rabinho dele no meu calcanhar... Pegar ele no braço, cheirar seu pelo macio, colocar sua água e ração... Então fui ao telefone ansiosa pra ver se tinha alguma mensagem na secretária eletrônica. E tinha. Apertei o botão e: 'Oi..eam..só queria dizer que estou indo embora. Pra onde?! Eu não sei. É que eu tenho que me encontrar sabe? Tô me sentindo um pouco deslocado. Quero tentar me resolver e não queria te machucar com minhas burradas.. então, é isso. Adeus.'

Caí no sofá. Meu gato saiu resmungando, acho que derrubei ele do meu braço. Nem pensei. Peguei minha bolsa com minha chave do carro e fui até a casa dele. O trânsito tava o mesmo de sempre. Os mesmos casais cansados voltando do trabalho junto de seus filhos que acabaram de sair do colégio. Os mesmos ônibus lotados. E no meu carro o rádio ligado, aquela música do show em que nos conhecemos na minha cabeça. Repetindo. Repetindo. Avistei a casa dele. Tudo escuro. Toquei a campainha na esperança que ele ainda estivesse lá. Bati na porta. Chutei. Olhei pro céu estrelado procurando alguma ajuda mesmo que por reflexo, por não estar raciocinando direito. Sentei na calçada, eu e minhas esperanças de que ele só foi no supermercado comprar o que ele ia levar pra sei-lá-onde.

A rua tava vazia, vento forte, folhas voando. Esperei, esperei. Os carros passavam e faziam meu cabelo - que eu acabara de cortar para mudar um pouco e agradar ele - bagunçar mais e ficar por cima dos meus olhos cheios de lágrimas. O caminhão de lixo parou na minha frente. Eu continuava na calçada.. sentada, com a mão no queixo, os dedos na boca, os dentes nas unhas. Vi o lixo sendo esmagado, triturado. O odor nem me fazia tão mal. Mas a imagem do lixo sendo revirado no caminhão ficava na minha cabeça, em câmera lenta, mesmo o caminhão já estando no final da rua.

Era assim que eu me sentia. Como um saquinho daquele de lixo. Com um monte de pequenas coisas dentro, amarrado e sendo diminuído, rompendo assim o que mantinha tudo juntinho. Eu, agora em pedaços, não me encontrava mais ao meio de tantos outros saquinhos reduzidos. Fui para casa, assim como o caminhão foi para seu destino final. Fiquei esparramada, eu ou o que sobrou de mim, assim como o saquinho estava no lixão. Esperando que alguém venha catar o pouco que sobrou e tentar reaproveitar, tentar me salvar... Como ele um dia fez.

Por: Baby Blue
Data: quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Às 12:43 AM
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