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com seus garranchos....

 

Geração Hi-fi (Ou "O Escarro")

Alguns devem saber que eu fui admitida como professora de literatura em um colégio daqui de Maceió (se não, lá foi a boa nova O.o). Hoje, sexta-feira, é o meu primeiro dia de aula. Se eu estou nervosa? Imagina... Ensinar adolescentes de 1o a 3o ano é moleza, o ruim é a sensação de velhice que não sai da cabeça. Eu tenho 20 anos e estou ensinando pessoas de 18. Ha! Se meus professores soubessem que eu irie pagar tudo o que eu aprontava com eles, estariam soltando rojões... Enfim... voltando. .. De tanto nervosismo, não consegui dormir direito e lá estava eu, às 3:30 da manhã acordada na minha cama pensando em nada - nada em particular, de qualquer forma. Levantei e vim bolar minhas aulas quando de repente me bateu não o sentimento de estar me sentindo velha e de que ontem à tarde no rádio, nas "lembranças gazeta", estava tocando uma música do N Sync que eu gostava muito, mas sim o sentimento de falta de lugar.

Numa geração como a nossa, cheia de influenciados e poucos influenciadores, a que tipo de corrente literária pertencemos nós, blogueiros, escritores de momento, sem métrica, sem muito sentido e com muito sentimento? Afinal, se houve movimento pra tudo, qual seria o nosso? Movimento internético é muito vago, e de vago eu não gosto. O que sou eu, no quesito escritora? Pronto, como se não bastassem minhas inseguranças pessoais, agora vem mais uma...

Por fim, cheguei a conclusão de que eu faço parte da Geração Hi-fi ou Escarro. Acho que todos nós sabemos o que é um hi-fi (vodka com fanta), e também presumo que saibam o que é um escarro (¬¬). Por que? Hm... Eu, pelo menos, sou o escarro, o vômito, o excremento, o que não presta. Ao contrário do movimento antropofágico, que devora tudo o que há de bom das outras culturas, eu escarro tudo o que não presta. Escrevo sobre aquilo que ninguém quer falar (em segredo, claro, pois seria muito chocante publicar o que eu escrevo de verdade), aquilo que fazemos na solidão dos banheiros, aquele escarro discreto porém barulhento que se ignora, aquele vômito depois de uma noitada de curtição. Eu, por minha vez, absorvo, de tudo de bom que eu já li e vivi, os piores momentos. Eu sou aquela que aproveitou o resto que ficou podre. A catadora de lixo que luta com os urubus pela carcaça deixada pelos grandes.

Triste? Jamais. Me orgulho de dizer que não como acarajé, chafurdo em seus recheios. Me orgulho de dizer que me alimento dos restos de Dostoievski, Tolstoi, Nietzsche, Voltaire, e muitos outros grandes que eu ficaria a manhã inteira citando. Me orgulho de ter guardado para mim tudo de bom que aproveitei deles, e, de reproduzir o escarro que nenhum foi capaz. Sim, talvez essa seja a minha geração... ou talvez a pretensão tenha comido o meu juízo...
Depois escrevo mais sobre isso, afinal, são 6:05 e eu tenho q ir lecionar às 7:00...

Adieu.

Por: Desatinada
Data: sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Às: 5:42 AM
Comentários:
 

neste post

 
Anonymous Anônimo Says:

Envelhecer tem lá suas vantagens (?) =s


Acho que as correntes literárias morreram com os grandes escritores. =B


=******

 
 
Anonymous Anônimo Says:

ja q estamos envelhecendo, aproveitemos enquanto é tempo :D

bjos :****

 
 
Anonymous Anônimo Says:

ja q estamos envelhecendo, aproveitemos enquanto é tempo :D

bjos :****

 
 
Anonymous Anônimo Says:

desatinada, veja bem.

É normal que nós não saibamos a que escola literária pertencemos hoje em dia. É tudo chamado contemporâneo. porém, tenho certeza que josé de alencar ao escrever lucíola não pensou: "poxa, eu sou um escritor da primeira fase do romantismo!"

vamos esperar... quando tivermos tipo 70 anos para saber o que somos hoje ^^

 
 
Anonymous Anônimo Says:

Pós-moderno...com certeza. Hj em dia tudo é pós-moderno.

 

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