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com seus garranchos....

 

Eu ainda sinto.

Quando as dores deixam de ser metafísicas e se sente o que é concreto incomodar, logo se vê o quanto é duro estar vivo. Dói o corpo todo porque é bom quando se faz doer. Agora, sente-se as dores abdominais, uterinas, dores de cabeça e muscular. Antes o que me fazia gemer na cama eram motivos abstratos, onde a existência não se pode provar, mas não se cura com nenhuma droga de farmácia.

Nem febre de quarenta graus tem tanta intensidade quanto os calafrios que eu sentia nos seus braços. Hoje a pele queima,os pés são frios. Com você existia calor permanente, tudo era devidamente aquecido. Existiam caixas cheias de remédios, casacos mofados, livros interrompidos no meio, as canções tristes não estavam no playlist. Os domingos pareciam sextas-feiras especiais: almoço tarde, cardápio variado, programas milimetricamente planejados, ou até mesmo as horas corriam com surpresas atrás de surpresas, mas sempre dava tudo certo.

No controle da TV nunca faltava pilha, o relógio não parava, a geladeira não fazia barulho. Hoje, tudo virou entulho. As coisas perderam o seu valor, a cor. Vejo tudo em tons de cinza feito filme antigo. Minha vida virou cinema mudo. Sinto apenas cheiro de cigarro. Á parte disso, não sinto mais nada, não faço nada. E toda vez que o telefone toca eu penso que poderia ser você. Poucos segundos depois, percebo que a voz não é a sua e que eu seria uma completa otária-sonhadora se eu não fosse quem eu sou. Ainda guardo muita convicção do que represento individualmente, mesmo tentando anular algumas lembranças passadas. Seleciono o que devo esquecer e reforço o quão boa eu fui, passei e não volto mais na sua vida.

Por: Baby Blue
Data: sexta-feira, junho 06, 2008
Às: 2:20 PM
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Blogger Sweet Sweet Says:

Ainda sentir é o natural e, às vezes, viver se torna um fardo.

 

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