'Pra quem não sabe amar e fica esperando alguém que caiba no seu sonho.'
Tem coisa que a gente passa a vida toda pra aprender e não aprende - ou diz que aprende só pra se sobressair quando está no meio daquelas conversas de bar sobre relacionamentos, vida, universo e tudo o mais. Eu poderia citar muitos exemplos que estão rondando a sua cabeça agora, mas o mais evidente de todos é: a criação de expectativas.
T-O-D-O mundo cria uma mega-estrutura para as outras pessoas, principalmente as que você acabou de conhecer. Sabe aquele moço da mesa ao lado no restaurante? Aquele com a postura mais bonita que você já viu. Com o nó de gravata mais bem feito. Ele, na sua cabeça, só com as evidências de como se vestir e o modo de sentar, é o cara perfeito. Deve morar sozinho, ser solteiro, já que não usa aliança, bem sucedido, deve saber cozinhar, abrir a porta do carro, ligar no meio de uma viagem de trabalho só pra dizer 'boa noite', e além de tudo, é hetero...
Na sua cabeça, é claro! O que você não sabe é que ele, quando sozinho, ou acompanhado-seja-lá-por-quem-for, não é nada do que você sonhou que fosse. Pode variar em ser o cara mais normal do mundo ao mais escroto. Depende da sua sorte, do mês, da posição dos astros. Essas coisas que dizem - e eu não acredito - e 80% da população do mundo acredita, ou pelo menos tenta não contrariar, né? Vai que é verdade, ué. É sempre melhor ser neutro diante dessas coisas.
Daí o que é que acontece? Eu simplesmente quebro a cara quando chega finalmente a hora da verdade. A hora que eu sonhei a semana toda chegar. O grande sábado à noite. Amigos, música, cervejas, cigarros. E ele lá. Sentadinho. Esperando que eu o cumprimente, pelo menos com os olhos. Siiiiiim, com os olhos, DE NOVO. A gente já tem até uma comunicação bem estabelecida através dos nossos olhares reforçados por óculos de armação grossa. Eu chego, falo com todo mundo e deixo ele lá, esperando mais um pouco. É sempre válido fazer charminho e jogo duro. Então tá. Estendo a mão e falo: oi, estranho. Ele abre um sorrisão. Eu já sabia que ele gostava pacas do filme Closer. Daí não perdi a chance de fazer o trocadilho. TODO-MUNDO-SABE-QUE-EU-ADORO-UM-TROCADILHO, vaaaaai.
Conversa vai, conversa vem. Bem, agora você quer saber se ele correspondeu às minhas expectativas. E eu posso dizer que sim e não. É. Me permita ser bem sincera. Ele não é tudo o que pensei que fosse: ele é um terço do que eu pensei. Mais um terço, pois eu estou deixando de ser tão exigente com as outras pessoas e com os meus caprichos. Então, ele é mais que a metade do que eu pensei que fosse. O resto, quem sabe um dia ele aprende e fica no ponto. Logo depois que isso acontecer eu vou ficar caidinha por ele. Ele vai se sentir num mundinho muito pequeno comigo. E daí já é outro texto. Seria: 'Me fodi de novo, e agora?'.
T-O-D-O mundo cria uma mega-estrutura para as outras pessoas, principalmente as que você acabou de conhecer. Sabe aquele moço da mesa ao lado no restaurante? Aquele com a postura mais bonita que você já viu. Com o nó de gravata mais bem feito. Ele, na sua cabeça, só com as evidências de como se vestir e o modo de sentar, é o cara perfeito. Deve morar sozinho, ser solteiro, já que não usa aliança, bem sucedido, deve saber cozinhar, abrir a porta do carro, ligar no meio de uma viagem de trabalho só pra dizer 'boa noite', e além de tudo, é hetero...
Na sua cabeça, é claro! O que você não sabe é que ele, quando sozinho, ou acompanhado-seja-lá-por-quem-for, não é nada do que você sonhou que fosse. Pode variar em ser o cara mais normal do mundo ao mais escroto. Depende da sua sorte, do mês, da posição dos astros. Essas coisas que dizem - e eu não acredito - e 80% da população do mundo acredita, ou pelo menos tenta não contrariar, né? Vai que é verdade, ué. É sempre melhor ser neutro diante dessas coisas.
Daí o que é que acontece? Eu simplesmente quebro a cara quando chega finalmente a hora da verdade. A hora que eu sonhei a semana toda chegar. O grande sábado à noite. Amigos, música, cervejas, cigarros. E ele lá. Sentadinho. Esperando que eu o cumprimente, pelo menos com os olhos. Siiiiiim, com os olhos, DE NOVO. A gente já tem até uma comunicação bem estabelecida através dos nossos olhares reforçados por óculos de armação grossa. Eu chego, falo com todo mundo e deixo ele lá, esperando mais um pouco. É sempre válido fazer charminho e jogo duro. Então tá. Estendo a mão e falo: oi, estranho. Ele abre um sorrisão. Eu já sabia que ele gostava pacas do filme Closer. Daí não perdi a chance de fazer o trocadilho. TODO-MUNDO-SABE-QUE-EU-ADORO-UM-TROCADILHO, vaaaaai.
Conversa vai, conversa vem. Bem, agora você quer saber se ele correspondeu às minhas expectativas. E eu posso dizer que sim e não. É. Me permita ser bem sincera. Ele não é tudo o que pensei que fosse: ele é um terço do que eu pensei. Mais um terço, pois eu estou deixando de ser tão exigente com as outras pessoas e com os meus caprichos. Então, ele é mais que a metade do que eu pensei que fosse. O resto, quem sabe um dia ele aprende e fica no ponto. Logo depois que isso acontecer eu vou ficar caidinha por ele. Ele vai se sentir num mundinho muito pequeno comigo. E daí já é outro texto. Seria: 'Me fodi de novo, e agora?'.
gostei do texto...
;)
bjos
É, é exatamente isso. E o mais engraçado é quando essas ondas de excitação e expectativa vão e voltam e faz com que vc se desapaixone e se reapaixone pela mesma pessoa. Como é possível que uma vez desiludida você ainda consiga se iludir novamente? É como pintar uma estrada numa parede, tentar passar por ela, quebrar a cara e depois de passada a dor de cabeça, tentar andar pela estrada falsa de novo!
estou passando pela fase de ponderação se tento passar pela estrada de novo ou não. E mesmo sabendo que vai doer enfiar a testa no cimento, são tão bons os sonhos que a estrada provoca, que já tenho o primeiro passo para atravessá-la novamente!
^^
well, as coisas acontecem assim...eu to esperando pelo "!só me fodo!'
esse texto ficou muito foda, altamente frustrado, ams ao mesmo instante, altamente realista.
é.. é!
beijos
Partilho muito de suas idéias... é aquela velha história " A diferença entre o remédio e o veneno é a dose"
Cabe a cada um escolher a sua dose de loucura e arcar com as consequências da mesma...
Ótimo texto, Mácia.
comentário no texto errado anita :x