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com seus garranchos....

 

Ah, a Paixão...

"Incontáveis como as areias do mar são as paixões humanas, e todas elas diferem entre si; e todas elas, as vis com as nobres, no princípio são submissas ao homem, para logo depois se transformarem em suas terríveis dominadoras. Bem-aventurado aquele que soube escolher entre todas as paixões a mais elevada. (...) Mas existem paixões que não foi dado ao homem escolher, que já nascem com ele no momento em que ele mesmo nasce para a luz do dia, e não lhe são dadas forças para delas esquivar. Grandiosa é a tragetória terrena que elas são predestinadas a precorrer. Não importa se em forma sombria ou como luminosa aparição que alegra o mundo por um momento- São igualmente chamadas para um bem desconhecido do ser humano. E quiçá neste mesmo coração a paixão que o arrasta já não parta dele, e na sua fria existência se encerre aquilo que mais tarde derrubará por terra o homem, e o fará cair de joelhos diante da sabedoria verdadeira."

Paixões. Platônicas, físicas, duradouras, rápidas. Com cheiro de cravo, de sexo, de violeta, de saliva, de bolo quentinho. As paixões variam entre si como batatas fritas do mesmo pacote: nenhuma é igual. Pode parecer que você está apaixonada como daquela ultima vez... pode ser que aquele bolo tenha um cheiro gostoso... mas nunca é igual. Talvez QUASE igual.
O difícil das paixões na verdade é escolhê-las e controlá-las. Eu como desatinada que sou, penso que se você pode controlar, nao é paixão. Ueh, afinal, qual é a definição de paixão? Já tá mais do que batido e sabido que Paixão vem do latim passione, que significa sofrimento. A palavra paixão originalmente designava o modo como a alma ou a psique é afetada de fora, ou seja, como ela é passiva diante das impressões que recebe. Passivo e paixão vêm do grego Pathos, mesma palavra que de onde se derivaram os verbetes patológico e paciente que nos remetem atualmente a idéia de doença. Para os gregos Estóicos, todas as doenças tinham em sua base a frustração de uma expectativa motivada por uma paixão.
Realmente podemos nos tornar escravos ou loucos, como os ditos das expressões populares (“louco de amor”, “louco por você”). O vínculo entre o amor e a loucura sugeridos por essas expressões pode ter um fundamento neurobiológico se aproximando do Transtorno Obsessivo (quando os pensamentos persistem incessantemente em direção a um único objeto ou tema). Em estudos recentes as concentrações de substâncias que refletem o funcionamento cerebral são alteradas da mesma forma nos amantes e nas pessoas que sofrem de transtornos obsessivos. “Amar como um louco”, portanto, não seria mera figura de linguagem.
A paixão pode ser dividida em 3: a paixão normal (aquela que dura pouco, pra dar espaço ao amor, moderada, tranquila), a paixão obsessiva (a mais comum, vivida pela maioria dos poetas e escritores e pessoas que passam e você não vê) e a paixão "delírio" (a paixão paranóia). Todos já vivemos as 3 paixões. A normal é aquela que você sente por 2 semanas e desencanta, começa a ver os defeitos e pula fora. A paixão obsessiva, aquela que você só pensa naquela pessoa e deixa tudo de lado (onde é que eu já ouvi isso??) e a delírio que você sempre acha que não é amado, que a pessoa está te traindo, essas coisas (hmmm um ar de familiaridade, hein?). Por mais parecidas que as duas últimas pareçam, existe uma pequena diferença que consiste no “grau de certeza” de quem o experimenta: no obsessivo predomina a dúvida e a introspecção (a pessoa tem a crítica preservada em relação a situação e as idéias obsessivas que emanam de sua mente, mas não pode controlá-las); nos delírios prevalece a certeza (a pessoa paranóica está convicta de que alguém a quer mal por exemplo) e a perturbação das capacidades de introspecção(a pessoa está convicta de que tem razão e que os outros é que estão errados). A paixão evolui entre a obsessão e o delírio, pois o apaixonado está convicto do valor do ser amado e de seu sentimento, mas sabe que essa idéia é um produto de seu psiquismo.
Bem, ficou muito científico isso aqui, né? Resumindo... Paixão é uma doença que causa loucura, obsessão, sofrimento, tristeza, vazio. Na Grécia, só os deuses eram capazes de despertar a Pathos, jamais um mortal. Coincidência que quando nos apaixonamos de verdade colocamos a pessoa em tamanho pedestal inalcançável que eles praticamente estão no céu? Hmm...

No próximo post continuo meu raciocínio... se não vocês ficam saturados do tema e não lêem até o final... Ahhh, meus leitores preguiçosos...


ps: O textinho do começo é do Gógol, do livro Almas Mortas. Na edição que eu tenho é a pag 293...

=)

Por: Desatinada
Data: quinta-feira, janeiro 25, 2007
Às: 2:31 PM
Comentários:
 

neste post

 
Blogger Baby Blue Says:

paixão é doença sim, e existe aquele grupo de apoio MADA (mulheres que amam demais anônimas) :x
cara, eu tenho direto paixões normais, daquelas de ficar criando um sonho e depois começar a ver os defeitos e cair fora... :D
essas outras eu evito tanto, nego tanto, mas elas sempre voltam a incomodar!
e colocar pessoa em pedestal é a pior coisa do muuuuuuuuuundo! só faço isso com os professores mesmo ;x eles sim... (L)

 
 
Blogger Guilherme Says:

Paixão é confusão... Que até gostamos de sentir. Quem não se interessa bela cumplicidade do caos? E segurem-se pq ela vai e volta!

 

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